
Vítima de poliomielite por volta dos dois anos de idade, Eliana chegou ao Hospital das Clínicas de São Paulo em janeiro de 1976. Depois de dois dias vagando em busca de um diagnóstico em hospitais do interior, seus pais ouviram que a menina contraíra paralisia e tinha pouco tempo de vida. Sem recursos, foram salvos pela dedicação de uma enfermeira e pela carona de um fazendeiro generoso.
A viagem até São Paulo, feita às pressas, foi incapaz de compensar o tempo perdido. O vírus da pólio havia comprometido a musculatura de Eliana do pescoço aos pés. O diafragma também fora afetado. Ela foi levada ao pulmão de aço, máquina que exerce pressão negativa sobre o tórax para facilitar a respiração. O resultado, insatisfatório, condenou Eliana a usar o respirador artificial para sempre. A UTI do Instituto de Ortopedia e Traumatologia tornou-se sua casa desde então
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